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Corpo do ditador Kim Jong-il foi colocado em um caixão de vidro no Palácio Kumsusan, em Pyongyang | KCNA/AFP
Corpo do ditador Kim Jong-il foi colocado em um caixão de vidro no Palácio Kumsusan, em Pyongyang| Foto: KCNA/AFP

Sul-coreanos ativam plano de emergência

A Coreia do Sul enviou condolências ao vizinho comunista pela morte do ditador Kim Jong-il, mas ativou um plano de emergência para proteger refinarias de petróleo e instalações de geração de energia contra uma eventual ação norte-coreana. As medidas de proteção são fruto da preocupação dos sul-coreanos em relação ao clima de instabilidade na Coreia do Norte gerado pela morte do ditador e do processo sucessório.

No ano passado, Pyongyang bombardeou a ilha sul-coreana de Yeonpyeong com sua artilharia de campanha. O afundamento de um navio militar de Seul no mesmo ano também foi atribuído aos norte-coreanos.

Equipes de emergência foram posicionadas em instalações estratégicas com o objetivo de mantê-las funcionando no caso de sofrerem algum tipo de avaria.

Mais importante aliado da Coreia do Norte, cujo regime comunista é um dos mais isolados do planeta, a China manifestou ontem seu apoio a uma transição pacífica no país depois da morte do ditador Kim Jong-il, aos 69 anos, de infarto, no último fim de semana.

Em um gesto raro, o presidente chinês, Hu Jintao, visitou a embaixada norte-coreana em Pequim para expressar condolências pela morte.

O governo chinês não divulgou detalhes da visita de Hu, vista como sinal de reforço dos laços entre os regimes – a Coreia do Norte está sob sanções internacionais devido aos testes nucleares que vem fazendo desde 2006.

"Farol de esperança"

Em Pyongyang, a capital norte-coreana, o corpo de Jong-il foi colocado num caixão de vidro rodeado por flores vermelhas e levado ao Palácio Kumsusan, onde o cadáver embalsamado de seu pai, Kim Il-sung, ditador por 46 anos, está em exposição desde sua morte, em 1994.

O sucessor escolhido, Jong-un, foi um dos primeiros a visitar o corpo do pai, em mais uma indicação de que a intenção do regime é fazer uma "transição hereditária" sem sobressaltos.

Ao mesmo tempo, a mídia do país, estatal, já começou a alimentar o culto à personalidade do jovem e desconhecido líder, chamado ontem de "farol de esperança".

Em uma das ruas da capital, pessoas depositavam guirlandas e flores diante de um retrato de Jong-il. Grupos eram autorizados, alternadamente, a chorar diante do retrato por alguns minutos. O enterro será no dia 28.

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