O ministro da Defesa da China, Li Shangfu, foi destituído nesta terça-feira (24), depois de permanecer fora da vida pública por dois meses, informou a emissora estatal CCTV.
A imprensa local não explicou as razões da demissão de Li, que foi visto pela última vez cumprindo agenda do governo no final de agosto, pouco depois de ter feito uma viagem oficial a Moscou e Minsk para se encontrar com autoridades russas e bielorrussas.
A situação faz lembrar a de Qin Gang, também demitido sem justificativa, em julho, do cargo de ministro das Relações Exteriores, depois de ter desaparecido dos eventos oficiais durante o mês anterior.
Por enquanto, não há informações sobre quem substituirá Li como ministro da Defesa, cujo site ainda menciona seu nome.
O jornal Financial Times afirmou no mês passado que Li está em prisão domiciliar enquanto é objeto de uma investigação, cuja natureza é desconhecida.
O fim das aparições públicas do ministro ocorreu pouco depois das demissões de dois generais da Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular (PLA), para as quais não foi dada qualquer explicação.
Li, um general de 65 anos, que assumiu o cargo em março, foi sancionado em 2018 pelos Estados Unidos sob a acusação de ter comprado armamento da empresa estatal russa Rosoboronexport.
A demissão do general foi oficializada antes da realização de um fórum de segurança na China que, segundo a imprensa estatal chinesa, contará com a presença de uma delegação dos Estados Unidos.
A presença de representantes do Pentágono no evento marcará um importante avanço no diálogo de alto nível sobre a defesa, há muito interrompido.
Acredita-se que a aproximação entre Pequim e Washington nos últimos meses poderá conduzir, em novembro, a um encontro entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador chinês, Xi Jinping, na Califórnia, à margem da cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico.
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