As autoridades chinesas detiveram cerca de mil ativistas e defensores dos direitos humanos em 2014, declarou nesta segunda-feira (16) a ONG Defensores dos Direitos Humanos na China (CHRD, na sigla em inglês). A organização acusou o presidente do país de promover “o pior registro de violações de direitos humanos desde meados dos anos 1990”.
O relatório anual da CHRD informa que o número de 2014 corresponde ao total de defensores dos direitos humanos detidos nos dois anos anteriores. “Desde a chegada de Xi [Jinping, presidente da China] ao poder, as autoridades empreenderam um assalto implacável e impiedoso contra as liberdades fundamentais para reforçar o seu domínio absoluto”, afirma o grupo.
Segundo a organização, o número de detenções em 2014, 995, é o maior desde a década de 1990, ou seja, os anos que sucederam o massacre da praça da Paz Celestial, em 1989. A divulgação do relatório se deu pouco depois da prisão de cinco ativistas em Pequim por organizarem protestos em virtude do Dia Internacional da Mulher, 8 de março. As detenções foram condenadas pela Anistia Internacional e pela União Europeia. Mais de 200 ativistas, advogados e jornalistas foram presos em junho, em virtude do 25º aniversário do massacre da praça da Paz Celestial, e em outubro, durante os protestos por democracia em Hong Kong.
Desde que chegou ao poder, em 2012, Xi Jinping iniciou uma campanha contra opositores, prendendo centenas de pessoas por motivos políticos. Entretanto, a China alega proteger os direitos de seus cidadãos, garantindo a liberdade de reunião, de expressão, de religião e de imprensa.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Taxa de desemprego pode diminuir com políticas libertárias de Milei
Governadores e parlamentares criticam decreto de Lula sobre uso da força policial
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias