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Ásia

China divulga diretrizes para disputas regionais sobre mar

A China divulgou algumas diretrizes para aliviar as tensões decorrentes de disputas territoriais com países vizinhos. Ao mesmo tempo, um jornal oficial chinês atribuiu à agitação dos Estados Unidos a maior parte da culpa pelos desentendimentos regionais no Mar do Sul da China.

O Ministério de Relações Exteriores apresentou as premissas estabelecidas de comum acordo num encontro regional em julho, quando os governos da China e de outros países do Sudeste Asiático, bem como os EUA, buscaram aplacar os atritos sobre as reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.

O Diário do Povo, jornal do governista Partido Comunista chinês, afirmou que a definição das diretrizes para promoção da cooperação mostra que o governo chinês está sendo sincero em seu interesse de resolver as tensões marítimas. As diretrizes foram postas no website do Ministério de Relações Exteriores (www.mfa.gov.cn) na noite de segunda-feira.

Mas comentários publicados no jornal enfatizaram o quão distante ainda está uma solução duradoura para as disputas e deixaram claro que a China não recuará de suas reivindicações sobre o mar.

"Ao mesmo tempo que promove a paz, estabilidade e o progresso no Mar do Sul da China, a China vai aderir ao princípio fundamental de proteger sua soberania", diz um texto no Diário do Povo, que reflete o pensamento do governo chinês.

O jornal colocou nos EUA boa parte da culpa pelas recentes tensões, e não nas nações do Sudeste Asiático, as quais a China tem cortejado com promessas de negócios, investimento e maiores conexões de transporte.

"Os Estados Unidos são a força militar dominante na região, e sua agitação sobre a questão do Mar do Sul da China tem complicado mais os problemas", diz um dos artigos no diário.

China, Taiwan e quatro países membros da associação regional, a Asean - Filipinas, Malásia, Brunei e Vietnã - reivindicam território no Mar do Sul da China.

O governo norte-americano vem irritando a China por dizer que tem interesse nacional em assegurar liberdade de navegação e comércio naquelas águas, e por apoiar uma solução conjunta para as disputas - uma abordagem rejeitada pelo governo chinês.

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