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Pequim - A China não tem medo da internet, disse o ministro das Relações Exteriores do país asiático ontem, mesmo que o acesso ao popular site de compartilhamento de vídeos, YouTube, esteja aparentemente bloqueado. O YouTube não tem estado disponível desde segunda-feira passada aos usuários na China, que filtra na internet o conteúdo crítico ao governo do Partido Comunista. "Muitas pessoas têm a falsa impressão de que o governo chinês teme a internet. Na verdade é justamente o oposto", disse a repórteres o porta-voz do ministro das Relações Exteriores, Qin Gang. Qin disse que há 300 milhões de usuários de internet na China e 100 milhões de blogs, mostrando que "o acesso na China é aberto o suficiente, mas também precisa ser regulado pela lei, a fim de prevenir a expansão de informações prejudiciais e garantir a segurança nacional".

Ele disse não saber a respeito do bloqueio do YouTube. O acesso ao YouTube foi bloqueado no momento em que completam um ano os protestos difundidos por tibetanos contra o domínio chinês no Tibete. A China iniciou um cerco à internet em janeiro, quando o acesso a centenas de sites chineses foi impedido – inclusive um serviço de blog popular que pertence a um famoso site, além de vários outros sites populares de tibetanos.

Momento delicado

Essas ações têm sido descritas por analistas como mais um passo da batalha do partido que governa a China para reprimir os dissidentes em um ano de delicadas comemorações, incluindo o aniversário de 20 anos do massacre no protesto na Praça da Paz Celestial, em 1989.

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