O governo chinês afirmou nesta segunda-feira (8) que está preocupado com a tensão na península coreana e que deseja a "paz e não a guerra" na região, em um momento em que continuam as ameaças de Pyongyang contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
"Trata-se de aliviar a tensão e não de fomentar a rivalidade", disse hoje o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em entrevista coletiva diária.
Hong, que não se pronunciou sobre a possibilidade do regime de Pyongyang realizar um novo teste nuclear, assegurou que a China "se opõe a qualquer tipo de atuação que ameace a paz e a estabilidade da região".
"Uma solução adequada serve ao interesse comum de todas as partes implicadas", acrescentou o porta-voz. O funcionário também lembrou os "grandes esforços" que a China empreendeu para resolver o conflito.
Hong defendeu o reatamento das negociações de seis lados (as duas Coreias, China, Rússia, EUA e Japão) para solucionar a disputa coreana, conversas que estão paralisadas por Pyongyang desde 2008.
O presidente da China, Xi Jinping, disse ontem em discurso no Fórum de Boao -alternativa asiática a Davos- que nenhum país "deveria lançar uma região e inclusive o mundo inteiro no caos por benefícios egoístas".
A China aprovou as sanções impostas pela ONU contra a Coreia do Norte por seus três testes nucleares, embora mantenha o envio de alimentos e a cooperação energética para o país.
A China, maior investidor e parceiro comercial da isolada nação vizinha, fornece metade do alimento e da energia utilizada pela Coreia do Norte.