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Representantes do grupo fundamentalista islâmico Talibã são recebidos pelo ministro de Relações Exteriores da China na cidade chinesa de Tianjin, 28 de julho
Representantes do grupo fundamentalista islâmico Talibã são recebidos pelo ministro de Relações Exteriores da China na cidade chinesa de Tianjin, 28 de julho| Foto: Ministério de Relações Exteriores da China

Um dia após a retomada do Afeganistão pelo Talibã, a China afirmou que vai respeitar as "decisões" do povo afegão e que, sob um governo do Talibã, espera continuar a desenvolver "relações amistosas e cooperativas com o Afeganistão".

"O Talibã expressou repetidamente sua esperança de desenvolver boas relações com a China e que espera a participação da China na reconstrução e no desenvolvimento do Afeganistão", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, nesta segunda-feira (16).

Desde o anúncio da retirada das tropas da Otan do Afeganistão e a ofensiva talibã pelo território afegão, a China vem se aproximando do grupo fundamentalista. No fim do mês passado, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, recebeu uma delegação de nove representantes do Talibã na cidade de Tianjin, para discutir questões de segurança.

O interesse da China em manter boas relações com o Talibã deriva, principalmente, de dois fatores. Primeiro, o país quer garantir que o grupo não permita, em território afegão, a proliferação de facções terroristas que consideram ser uma ameaça direta à segurança nacional chinesa, como o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, relacionado a grupos extremistas da província de Xinjiang.

Naquele encontro, a delegação do Talibã, se comprometeu a "não permitir que ninguém use o solo afegão contra a China".

O segundo fator é a expansão do programa chinês de infraestrutura Belt and Road Initiative no Afeganistão, país que está em uma localização geoestratégica chave, conectando o Sul da Ásia e o Oriente Médio e a Ásia Central.

Nesta segunda-feira, Hua disse que a China espera uma transição de governo pacífica no Afeganistão, "onde todos os atos criminosos e o terrorismo serão contidos".

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