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O Google não será tratado como exceção à exigência chinesa de que empresas estrangeiras obedeçam às leis do país, afirmou o Ministério do Exterior na terça-feira, uma semana depois que o maior serviço mundial de buscas anunciou que poderia deixar a China.

O Google informou na semana passada que ele e outras empresas foram alvo de esforços sofisticados de espionagem computadorizada, na China, dirigidos contra dissidentes chineses. A empresa declarou também que não deseja mais censurar o Google.cn e que quer conversar com Pequim sobre a oferta de um site legal, mas não censurado.

A disputa pode alimentar as tensões entre China e Estados Unidos, que já estão se desentendendo sobre o valor da moeda chinesa, questões de comércio, vendas de armas norte-americanas a Taiwan e a política de combate à mudança climática.

Funcionários do governo chinês até o momento rejeitaram as queixas do Google e não anunciaram de imediato quaisquer negociações com a maior companhia mundial de buscas na Internet, que abriu seu site em chinês em 2006.

Ma Zhaxu, porta-voz do Ministério do Exterior chinês, pressionou a empresa um pouco mais na terça-feira, em comentários que sugerem não haver flexibilidade quanto a atender as demandas do Google.

"As empresas estrangeiras na China devem respeitar as leis e regulamentos chineses, e os costumes e tradições da China, e assumir as responsabilidades sociais correspondentes; obviamente, o Google não é exceção", disse Ma em comunicado regular a jornalistas.

Ma não mencionou a censura como parte dessas responsabilidades, mas outras autoridades chinesas o fizeram.

Até o momento, o Ministério do Exterior havia evitado mencionar o nome do Google em seus comentários sobre a disputa, que também levou Washington a pedir explicações a Pequim.

Mas Ma, como outros funcionários chineses, evitou rebater diretamente aos Estados Unidos.

Perguntado sobre a queixa do Google quanto à ação de hackers chineses, Ma disse que empresas chinesas também sofreram invasões.

"A China é a maior vítima dos hackers", acrescentando que oito em 10 dos computadores pessoais conectados à Internet no país foram invadidos por hackers. O número aparentemente inclui muitas máquinas infectadas por vírus difundidos online.

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