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Balanço

China diz que mais da metade de sua ajuda externa tem a África como destino

A maior parte dos mais de US$ 14 bilhões enviados pela China para ajuda internacional entre 2010 e 2012 teve como destino a África, disse o governo nesta quinta-feira, salientando o interesse de Pequim em impulsionar o continente empobrecido economicamente, mas rico em recursos.

Alguns projetos africanos atraíram a atenção para o apoio da China a governos com fracos registros de direitos humanos e falta de transparência, tais como os do Zimbábue, Sudão e Angola.

A China não forneceu informações detalhadas sobre quais países receberam auxílio e quanto coube a cada um, nem foram divulgados números anuais. Em 2011, a China divulgou que o total destinado à ajuda no exterior nas últimas seis décadas alcançou 256,29 bilhões de iuanes (US$ 41,32 bilhões).

Embora o número seja pequeno em comparação ao auxílio externo dos Estados Unidos, de cerca de US$ 46 bilhões apenas no ano fiscal de 2015, a China diz que sua ajuda não tem conotação política, diferentemente de muitos países ocidentais.

"A China adere aos princípios de não impor quaisquer condições políticas, não interferindo nos assuntos internos dos países receptores e totalmente respeitando o direito de eles independentemente escolherem seus próprios caminhos e modelos de desenvolvimento", disse o governo em um documento oficial.

O auxílio foi dado em forma de subvenções, financiamentos sem juros e empréstimos sob concessão, disse o documento, e nove países, incluindo a Guiné Equatorial, Mali, Zâmbia, receberam um total de 1,24 bilhão de iuanes em forma de empréstimos livres de juros.

Muitos na África consideram que os projetos chineses beneficiam pouco os povos locais, considerando que os materiais e até mesmo a mão de obra são importados diretamente da China.

Os estreitos laços da China com países africanos ricos em petróleo, como Sudão e Angola, provocaram críticas de que Pequim apenas cultiva relações para assegurar o fornecimento de energia e matéria-prima para sua economia.

O Ministério de Relações Exteriores chinês sustenta que o relacionamento com países africanos vai bem além de sua busca por recursos e engloba projetos de agricultura, saúde e infraestrutura.

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