A China disse nesta terça-feira (19) que responderá com "medidas fortes" se a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, visitar Taiwan, uma possibilidade especulada pela imprensa americana.
O governo chinês pediu que os EUA não organizem a visita de Pelosi a Taiwan e apelou a Washington que "interrompa os intercâmbios oficiais" com a ilha.
"A China se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre os Estados Unidos e Taiwan", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, durante entrevista coletiva, de acordo com a imprensa local.
Zhao respondeu assim aos rumores sobre uma viagem de Nancy Pelosi a Taiwan em agosto, acrescentando que, se a visita for adiante, irá "violar seriamente o princípio de 'uma só China'", além de enviar "sinais aos separatistas" em Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China reiterou que seu país "tomará medidas resolutas e enérgicas" para defender sua soberania e advertiu que Washington "será inteiramente responsável pelas consequências".
Se a viagem acontecer, será a primeira visita de um presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a Taiwan desde 1997, quando Newt Gingrich esteve na ilha. Até o momento, Nancy Pelosi e sua equipe não confirmaram nem negaram a visita.
Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria seu maior aliado militar no caso de uma guerra com o gigante asiático.
A China, que reivindica a soberania sobre a ilha, considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.
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