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O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping| Foto: Casa Branca/Wikimedia Commons

Um militar chinês de alta patente realizou uma videoconferência com um equivalente dos Estados Unidos na noite desta quinta-feira (21) para discutir questões como Taiwan e o mar do Sul da China, marcando a retomada de um diálogo militar de alto nível entre as duas potências após mais de um ano.

Liu Zhenli, membro da Comissão Militar Central da China e chefe do Departamento do Estado-Maior Conjunto, disse ao presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Charles Brown, que as duas forças armadas devem "conduzir a comunicação e a cooperação com base na igualdade e no respeito" para "promover conjuntamente a estabilização e a melhoria das relações bilaterais".

O representante chinês enfatizou que a questão de Taiwan é um assunto interno da China que "não admite nenhuma interferência externa" e que o Exército chinês "defenderá resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial", de acordo com um comunicado emitido na noite passada pelo Ministério da Defesa da China.

Liu também pediu aos EUA que respeitem a soberania territorial e os direitos marítimos da China no mar do Sul da China, águas sobre as quais Pequim reivindica quase toda a sua soberania e nas quais houve incidentes com embarcações das Filipinas nas últimas semanas, condenados por Washington.

De acordo com representante chinês, a chave para o desenvolvimento de relações militares "saudáveis, estáveis e sustentáveis" é que os EUA "tenham uma percepção correta da China", com a premissa de que os americanos "respeitem genuinamente os interesses fundamentais e as principais preocupações" do país asiático.

O Ministério da Defesa chinês não entrou em detalhes sobre o que Brown falou durante a reunião, mas, de acordo com uma declaração divulgada pelo Estado-Maior Conjunto dos EUA, ele discutiu "a importância de trabalharem juntos para gerenciar a concorrência de forma responsável, evitar erros de cálculo e manter linhas de comunicação abertas e diretas".

"É importante que os militares chineses se envolvam em um diálogo substantivo para reduzir a probabilidade de mal-entendidos", disse Brown.

O diálogo militar de alto nível entre ambos os países foi suspenso por Pequim depois que a então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan em agosto de 2022, uma viagem que enfureceu as autoridades chinesas.

Os presidentes da China e dos EUA, Xi Jinping e Joe Biden, respectivamente, concordaram em retomar essas conversas durante sua reunião em novembro à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco.

As relações entre China e Estados Unidos enfrentam por um período de descongelamento após meses de hostilidades sobre Taiwan, a guerra comercial, a concorrência tecnológica e novos episódios de sanções mútuas, entre outras questões.

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