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Os países ocidentais que querem endurecer as sanções da ONU sobre o Irã propuseram algumas concessões para tentar superar as objeções da China e da Rússia, mas ainda devem enfrentar resistência na retomada das negociações, disseram diplomatas.

Segundo as fontes, a proposta para o embargo compulsório das viagens de autoridades iranianas foi abandonada, embora esteja se tentando tornar mais rígida a proibição voluntária que já havia sido aprovada.

As negociações seriam retomadas ainda na segunda-feira, e fontes norte-americanas minimizaram a importância da proposta do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de defender sua posição diante do conselho.

``Não sei que propósito isso teria,'' disse Tom Casey, representante do Departamento de Estado dos EUA.

Segundo a TV estatal iraniana, o porta-voz do governo, Gholamhossein Elham, disse: ``O presidente do Irã pretende falar numa possível reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o programa nuclear do Irã, para defender o direito da nação iraniana de usar tecnologia nuclear pacífica.'' A emissora não deu mais detalhes.

``A questão não é explicar o direito do Irã ao poder nuclear civil, a questão é tratar das preocupações da comunidade internacional sobre os programas nucleares iranianos e a busca de armas nucleares'', disse Casey a repórteres.

Embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm poder de veto - EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China -, além da Alemanha, estão elaborando uma proposta que pretendem apresentar aos 15 membros do conselho ainda esta semana.

As duas semanas de negociações em Nova York não conseguiram produzir uma resolução, cujo objetivo é punir mais os iranianos por não ter interrompido o enriquecimento de urânio.

Os EUA acusam o Irã de tentar produzir armas nucleares, mas os iranianos dizem que só querem gerar energia elétrica com fins pacíficos.

Uma série de sanções financeiras estão sendo analisadas, e os delegados dizem que já há um acordo para restringir empréstimos de governos para o Irã. Em discussão estão propostas para acabar com garantias de exportação, além da ampliação das listas negras de autoridades, grupos e negócios cujos bens seriam congelados, como empresas controladas pelas Guardas Revolucionárias do Irã.

Os seis países concordam com um embargo sobre armas convencionais, mas a China disse que a lista deveria limitar-se a determinadas categorias de armas.

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