A China elevou na quinta-feira o tom das suas críticas aos Estados Unidos por causa da venda de armas a Taiwan, alegando que isso poderia prejudicar os intercâmbios militares entre as duas maiores potências econômicas mundiais.
A venda de armas a Taiwan é um dos vários fatores que provocam atritos entre Washington e Pequim, o que inclui também preocupações norte-americanas com a situação dos direitos humanos na China e queixas contra a política cambial chinesa.
A chancelaria chinesa já havia criticado o governo Obama por informar ao Congresso sobre planos para modernizar a frota taiwanesa de caças F-16, num projeto de 5,3 bilhões de dólares. Pequim na ocasião alertou que isso poderia perturbar suas relações militares e de segurança com os EUA.
A China considera Taiwan como uma "província rebelde" a ser futuramente reintegrada, pela força se necessário.
"Os militares chineses expressam sua máxima indignação e forte condenação desta ação que interfere gravemente nos assuntos domésticos da China e causam dano à soberania e aos interesses de segurança nacional da China", disse o coronel Geng Yansheng, porta-voz do Ministério da Defesa, em nota no site da instituição (www.mod.gov.cn).
A oferta dos EUA - que inclui a venda de avançados mísseis ar-ar, de bombas guiadas por laser e GPS e de radares - criaria "sérios obstáculos ao desenvolvimento de mudanças ordinárias entre nossas duas Forças Armadas", disse Geng.
A China acusa os EUA de sabotarem seus planos de reunificação ao venderem armas para Taiwan. Washington afirma desejar que Pequim e Taipé determinem pacificamente o seu futuro, e alega ter a obrigação legal de ajudar a ilha a se defender.
A agência oficial de notícias Xinhua disse que a venda de armas pode abalar a reaproximação dos últimos anos entre China e Taiwan, especialmente depois da eleição de um presidente taiwanês mais pró-Pequim, em 2008.
"O confronto militar não é uma forma efetiva nem correta de equilibrar as relações através do estreito (de Taiwan)", disse a agência em um comentário.
Taiwan diz que a modernização dos seus caças contribuirá para a paz regional, ao melhorar sua capacidade defensiva diante do que o país chamou de continua ameaça da China.
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