O Conselho de Estado da China decidiu eliminar neste domingo (10) os ministérios da Saúde e das Ferrovias, este último envolvido em vários escândalos nos últimos anos, como parte de um pacote de medidas para reduzir as despesas do próximo governo.
Deste modo, o número de ministérios se reduz de 27 para 25, enquanto vários departamentos e agências serão reestruturados, uma decisão aprovada neste domingo na sessão plenária anual da Assembleia Nacional Popular (ANP), que é realizada até o dia 17 em Pequim e da qual sairão os próximos líderes do país.
"Alguns departamentos têm um poder maior que o necessário", garantiu o conselheiro de estado, Ma Kai, segundo a agência oficial "Xinhua".
"O governo central enfrenta o problema da duplicação de funções, a sobreposição de gestões, a baixa eficiência e a burocracia", destacou.
De acordo com o plano, o Ministério de Ferrovias, foco de controvérsia nos últimos anos, será dividido em diferentes departamentos, de operações e comerciais, que serão supervisionados por diferentes agências.
O citado Ministério enfrentou fortes críticas pelas dívidas derivadas do financiamento de novas linhas de alta velocidade, pelo desperdício e as fraudes, o que levou o governo a prometer uma abertura do setor para o investimento privado em uma escala sem precedentes.
Por outro lado, o Ministério da Saúde e a Comissão para o Planejamento Familiar serão fundidos em uma nova Comissão Nacional para a Saúde e a Família.
O status da atual Administração estatal para a Comida e a Droga será elevado de categoria, com o objetivo primordial de melhorar a segurança alimentar, um grande problema no país asiático.
A Comissão de Administração de Oceanos, cuja gestão é dividida atualmente entre vários ministérios, passará para um único departamento, que ainda não foi especificado, assim como a Administração Nacional de Energia.
Além disso, os reguladores de imprensa, rádio, cinema e televisão, até agora órgãos independentes, serão fundidos em uma única comissão.
O primeiro-ministro em fim de mandato, Wen Jiabao, já advertiu na terça-feira em seu discurso de despedida sobre as "dificuldades e problemas" que alguns departamentos do governo experimentam - entre eles a corrupção - e pediu aos novos líderes que construam um governo "bem estruturado, limpo e eficiente".
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