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Imagem feita por celular mostra manifestantes do vilarejo de Wukan, que protestam contra o governo chinês | AFP
Imagem feita por celular mostra manifestantes do vilarejo de Wukan, que protestam contra o governo chinês| Foto: AFP

Um vilarejo chinês de 20 mil habitantes no sul da China, Wukan, entrou em revolta aberta contra o governo do país, após ser anunciada morte de um líder, sob custódia policial, que comandava os protestos contra uma suposta tomada ilegal de terras na região, disseram fontes locais.

A polícia deixou o vilarejo de Wukan, na província de Guangdong, e impôs um bloqueio, impedindo a entrada de água e comida na cidade, numa tentativa de esmagar a revolta, disseram moradores ao Wall Street Journal. Os moradores, enquanto isso, montaram suas barricadas e vigiam as entradas do vilarejo para evitar que o governo reassuma o controle da área.

O cerco é um dos vários exemplo de tumultos sociais que acontecem neste ano na China, especialmente em Guangdong, principalmente por causa da apropriação ilegal de terras por funcionários do governo. O governo agora enfrenta a perspectiva de enviar tropas para retomar Wukan, com o consequente derramamento de sangue, ou então negocia com a população local.

Terras

A revolta começou em setembro, quando moradores atacaram funcionários públicos em protesto contra supostas tentativas deles tomarem terras dos agricultores e pescadores e venderem as propriedades a construtoras e empresas do mercado imobiliário. As autoridades responderam enviando a tropa de choque, mas mais tarde tentaram negociar pacificamente, pedindo aos moradores que nomeassem 13 representantes para um comitê que discutiria a questão. As negociações fracassaram e na semana passada o governo deteve alguns dos 13 moradores.

Na segunda-feira (12), o governo anunciou que um dos moradores detidos, Xue Jinbo, de 42 anos, morreu de parada cardíaca no domingo. Os parentes de Xue acreditam que ele foi espancado até a morte na prisão.

A agência estatal de notícias chinesa, Xinhua, divulgou nesta quarta-feira uma matéria com procuradores da província negando que Xue tenha sido morto na prisão.A Xinhua disse que Xue tinha um histórico de asma e problemas cardíacos, e quando se sentiu mal no domingo foi transportado a um hospital, onde morreu.

As informações são da Dow Jones.

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