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Ásia

China envia flotilha a ilhas no Pacífico e acirra tensão com o Japão

Imagem distribuída pela 11ª sede da Guarda Costera Regional do Japão, que mostra uma embarcação de vigilância marítima chinesa navegando em águas japonesas, perto das ilhas Senkaku/Diaoyu | EFE/Japan Coast Guard / Handout
Imagem distribuída pela 11ª sede da Guarda Costera Regional do Japão, que mostra uma embarcação de vigilância marítima chinesa navegando em águas japonesas, perto das ilhas Senkaku/Diaoyu (Foto: EFE/Japan Coast Guard / Handout)

Japão e China voltaram a se estranhar nesta terça-feira (23), em torno da disputa de um arquipélago que mergulhou as relações entre os países na pior crise em 40 anos. A tensão aumentou depois que, segundo o Japão, oito embarcações chinesas se aproximaram das ilhas - chamadas de Diaoyu por Pequim e de Senkaku por Tóquio. O arquipélago controlado pelo Japão é reivindicado por China e Taiwan. Desabitadas, as oito ilhas têm potencial para exploração de gás e petróleo.

Foi a flotilha mais numerosa enviada pela China à região desde setembro, quando a disputa reacendeu com a decisão do Japão de nacionalizar as ilhas.

Ao mesmo tempo, dez barcos com cerca de 80 ativistas nacionalistas japoneses chegaram perto do território disputado, sob a escolta da Guarda Costeira do Japão.Não houve confronto, mas os dois lados trocaram farpas retóricas. O premiê japonês, Shinzo Abe, ameaçou usar a força caso haja um desembarque chinês nas ilhas. "Dei instruções para que sejam tomadas ações firmes contra tentativas de entrar em nossas águas territoriais e fazer desembarques [nas ilhas]", disse o premiê.

O embaixador da China em Tóquio foi convocado pelo governo japonês, que expressou seu protesto.

Visita polêmica

A advertência de Abe no Parlamento foi feita horas após a visita de 168 deputados ao polêmico santuário de Yasukuni, considerado por China e Coreia do Sul como um símbolo do brutal passado militar japonês.

Desde que assumiu o governo, no fim do ano passado, Abe endureceu o discurso de segurança. Determinou um aumento no orçamento militar do Japão pela primeira vez em onze anos, afastando o país do pacifismo assumido após a derrota na Segunda Guerra Mundial.

O governo chinês, que vê a assertividade militar japonesa com visível preocupação, lamentou a visita e criticou a presença dos ativistas nacionalistas nas proximidades das ilhas, os quais chamou de "encrenqueiros". "Somente quando encarar o seu passado agressivo o Japão poderá desenvolver relações amigáveis com seus vizinhos asiáticos", disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying.

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