China adotou um tom conciliatório na abertura das conversações com os Estados Unidos nesta segunda-feira ao prometer estimular a demanda doméstica e deixar em aberto uma reforma da taxa de câmbio, que a administração Obama diz ser necessária para reequilibrar a economia global.

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Os EUA trataram a questão suavemente e saudaram o compromisso de longo prazo de Pequim para a reforma do iuan com os dois lados realizando o segundo Diálogo Estratégico e Econômico.

O único ponto de ligeira discórdia foram os pedidos dos EUA para uma linha mais dura contra a Coreia do Norte em relação a um suposto naufrágio de um navio de guerra sul-coreano, contra apelos de contenção da China.

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A primeira e a terceira maiores economias do mundo estão procurando estabilizar relações após um aumento das tensões no início do ano. Ao mesmo tempo em que o presidente chinês, Hu Jintao, não trouxe novidades na disputa sobre o câmbio que tem dividido os dois países, pôs um tom amigável para os dois dias de conversações.

"A China continuará a avançar firmemente na reforma do mecanismo de formação da taxa de câmbio do renminbi, seguindo os princípios de ser independente, controlável e gradual", disse Hu. O renminbi é outro nome do iuan.

Hu disse que seu governo quer expandir a demanda doméstica para criar um crescimento mais equilibrado, algo que Washington -- preocupado com o seu enorme déficit comercial com a China -- também tem defendido.

No encontro, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, apelou a Pequim para ambos os países trabalharem juntos para redução de barreiras comerciais e desenvolvimento de uma economia global mais equilibrada.

Em relação ao iuan, que foi efetivamente atrelado ao dólar desde que a crise financeira global se agravou em meados de 2008, Geithner disse que o governo chinês está caminhando na direção certa.

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"Nós saudamos o fato de os líderes chineses reconheceram que a reforma da taxa de câmbio é uma parte importante da sua agenda de reforma mais ampla", disse.

Tentando pressionar o caso de que a valorização do iuan seria do interesse da própria China, Geithner disse que uma taxa de câmbio mais orientada para o mercado ajudaria a suprimir a inflação, embora também faria empresas privadas elevarem a cadeia de valor.

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