A China rejeitou a pressão para censurar a Coreia do Norte em uma cúpula regional no domingo (30), exortando seus vizinhos a acalmar as tensões sobre o afundamento de um navio de guerra e evitar um confronto que poderia abalar a Ásia.

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Seul e Tóquio culpam a Coreia do Norte, cujo líder Kim Jong-il visitou a China no início do mês, por torpedear a corveta sul-coreana Cheonan em março, matando 46 marinheiros - no incidente militar mais mortífero desde a Guerra da Coreia.

A China, maior parceira comercial da Coreia do Norte e que lutou ao seu lado na guerra travada entre 1950 e 1953, recusou-se a se juntar publicamente à condenação internacional de Pyongyang, dizendo ainda estar analisando as provas.

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O premiê chinês, Wen Jiabao, manteve essa posição na cúpula de dois dias em Seogwipo, um resort na ilha de Jeju, na Coreia do Sul, que em princípio trataria da integração econômica da região.

"A tarefa premente agora é reagir apropriadamente aos sérios efeitos do incidente de Cheonan, reduzir as tensões progressivamente e especialmente evitar um confronto", disse Wen, ao lado do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, ao final da cúpula.

Wen não citou a Coreia do Norte nominalmente, nem deu indicações concretas de que a China aceitaria uma iniciativa do Conselho de Segurança da ONU para condenar a Coreia do Norte.

A Coreia do Norte negou qualquer responsabilidade no incidente de Cheonan. A Agência Oficial de Notícias Coreana disse no sábado que os EUA culpam o norte pelo afundamento do navio para manter uma base da Marinha no Japão e fazer a China se sentir "constrangida".

Na semana passada, a Coreia do Sul anunciou uma série de sanções contra sua vizinha, incluindo cortes no comércio, retomar transmissões de propaganda política através da fronteira e lançar exercícios navais perto da disputada fronteira marítima do Mar Amarelo. O país ainda prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU.

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