Pequim (EFE) – O governo chinês ordenou a suspensão das operações em 7 mil jazidas de carvão de todo o país, em nova tentativa de evitar mais acidentes no setor. As minas, geralmente pequenas explorações mal equipadas e inseguras, representam um terço do total das explorações de carvão do país, que ainda suprem à China 80% de suas necessidades energéticas.

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Um total de 1.324 minas já está fechado, e as demais deverão seguir o exemplo até o fim do ano. As explorações serão obrigadas a melhorar as medidas de segurança, se quiserem retomar seu funcionamento, informou o jornal China Daily.

O anúncio oficial foi feito um dia depois de as autoridades suspenderem os trabalhos de resgate de 123 mineradores desaparecidos em uma jazida inundada no sul da China, onde 11 funcionários foram detidos e dois prefeitos locais destituídos por negligência.

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Segundo as últimas estimativas, cerca de 3 mil mineiros morreram este ano em acidentes nas minas, como incêndios, enchentes e desmoronamentos. Os mineiros temem que as exigências do governo provoquem desemprego no setor.

Segundo o governo chinês, as medidas preventivas não vão afetar deixar a China sem suprimentos de carvão. O principal argumento oficial é o de que as minas a serem fechadas são pequenas. Para os analistas, as ordens do governo deve ser desobedecidas por causa da pressão pela geração de energia e por emprego.

Não é a primeira vez que as minas são fechadas e reabertas pouco a pouco. A China tem cerca de 24 mil minas de carvão. Os trabalhadores ficam a até 500 metros da superfície para extrair o carvão.Quando algum problema acontece no fundo das escavações, pouco se pode fazer para salvar os mineiros.

Os acidentes que ocorreram este ano, no entanto, teriam demonstrado que a vida dos trabalhadores não está sendo valorizada pelo setor, avalia o governo chinês. Eles estariam sendo expostos a riscos de explosões que podem ser controlados.

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1,3 mil minas já estão fechadas. As 24 mil jazidas de carvão da China são importantes fontes de energia, e também de empregos, mas o governo alega que as 7 mil que serão fechadas não farão falta.