A China indicou nesta segunda-feira (4) que o ditador Xi Jinping não vai participar da cúpula de 2023 do G20, que será realizada no sábado (9) e no domingo (10) em Nova Délhi, capital da Índia.
“A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, anuncia: a convite do governo da República da Índia, o Primeiro-Ministro do Conselho de Estado, Li Qiang, participará da 18ª Cúpula do G20, a ser realizada em Nova Délhi, Índia, nos dias 9 e 10 de setembro”, informou a chancelaria chinesa, em um curto comunicado publicado no seu site, no qual não menciona a participação do ditador.
Esta seria a primeira vez que Xi não participa da cúpula do G20 desde que chegou ao poder, na virada de 2012 para 2013. Nas cúpulas de 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19, ele participou por videoconferência.
Na semana passada, dois diplomatas indianos já haviam sinalizado à agência Reuters que o ditador chinês não participaria do evento este ano.
China e Índia vivem um momento de tensão nas suas relações, devido a disputas fronteiriças, e a publicação de um mapa no qual Pequim “incorpora” regiões disputadas, na semana passada, aumentou o constrangimento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também não vai participar da cúpula do G20 na Índia. Ele alegou problemas de agenda.
No mês passado, Putin deixou de participar da cúpula dos Brics em Joanesburgo porque a África do Sul é signatária do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu uma ordem de prisão contra o presidente russo devido à deportação de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.
Dessa forma, caso Putin fosse ao país, o governo sul-africano seria obrigado a prendê-lo. Entretanto, a Índia não é signatária do TPI e não teria tal obrigação se recebesse a visita do presidente russo.