Trechos da Grande Muralha da China, a Cidade Proibida e a Disneyland de Xangai estão fechadas por causa do surto de coronavírus.| Foto: Fabien Dany/Wikimedia Commons
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A China elevou para 13 o número de cidades com medidas de quarentena para evitar a proliferação do surto de coronavírus. Assim, aumentou para 40 milhões a quantidade de pessoas afetadas pelo isolamento. A principal delas é Wuhan, onde os primeiros casos da doença foram reportados em dezembro.

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Nessas cidades, as redes de transporte – como aviões, ônibus e trens – foram suspensas e há restrição de acesso a locais públicos, o que tem revoltado moradores. Para autoridades, o risco de contaminações nos próximos dias é maior por causa do feriado do ano novo lunar, que começou ontem, quando milhares de chineses viajam para visitar parentes ou se divertir.

Por medo de novas infecções, várias cidades, entre elas Pequim, cancelaram festividades e a prefeitura de Xangai disse que a Disneylândia da cidade será fechada a partir de hoje. Importantes pontos turísticos, como trechos da Grande Muralha e a Cidade Proibida, um palácio imperial, também foram fechados por tempo indeterminado.

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Outra medida do governo para barrar o avanço das infecções é a construção de um hospital modelo pré-fabricado para pacientes da doença na cidade de Wuhan. Operários, além de dezenas de escavadeiras e caminhões, trabalham ininterruptamente para concluir a obra até 3 de fevereiro. Esse modelo foi criado durante o surto de síndrome respiratória aguda (Sars), entre 2002 e 2003. Em vários locais do país, moradores já se queixam da falta de equipamentos de proteção, como máscaras.

Pesquisas iniciais mostraram que cobras podem ser a origem da transmissão do vírus, mas autoridades de saúde chinesas dizem acreditar que morcegos e texugos são outras possíveis causas para explicar a disseminação da doença.

EUA fretam avião para retirar norte-americanos de Wuhan

O governo dos Estados Unidos vai fretar um voo para evacuar neste domingo, dia 26, cidadãos e diplomatas norte-americanos da cidade de Wuhan, segundo uma fonte ouvida pelo Dow Jones Newswires.

O governo dos EUA negociou a operação com o Ministério das Relações Exteriores da China. O voo deve ser realizado em um Boeing 767, com capacidade para cerca de 230 passageiros. A estimativa é de que cerca de mil cidadãos americanos estejam na cidade. Segundo a fonte, outros governos negociam soluções similares com as autoridades chinesas.