O primeiro porta-aviões chinês foi lançado para testes em mar aberto nesta quarta-feira. O fato elevou os temores sobre o crescente poderio militar do país e suas reclamações cada vez mais assertivas sobre territórios disputados. A missão do antigo porta-aviões soviético, que foi reformado, marca o primeiro passo na direção da produção de uma embarcação totalmente desenvolvida na China.
Segundo Pequim, o navio será usado para pesquisa e treinamento, destacando seus projetos de longo prazo de construir outros três porta-aviões iguais em seus próprios estaleiros.
"Como uma grande economia, a China de um lado deve assumir mais responsabilidades com o mundo e, do outro, tem alguns novos interesses de segurança que precisa proteger. O poder naval da China precisa ter um crescimento de acordo com essas circunstâncias", disse Wang Shaopu, diretor do Centro de Estudos Pan-Pacíficos da Universidade Jiaotong, em Xangai.
O navio de 300 metros de comprimento partiu do porto de Dalian, no norte do país, onde foi reformado. "Após retornar do mar, o porta-aviões vai continuar a ser reequipado e os testes continuarão", informou a agência de notícias oficial Xinhua.
A China passou a maior parte da última década reformando o porta-aviões, anteriormente conhecido como Varyag.
O programa de porta-aviões de Pequim é visto como resultado do crescimento do poderio militar do país, alimentado por quase duas décadas de crescimento porcentual de dois dígitos nos gastos com defesa. A China anunciou que seus gastos militares subiram para US$ 91,5 bilhões no ano passado, o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Embora o desenvolvimento de porta-aviões tenha como objetivo demonstrar o prestígio do país, as ambições navais chinesas atraem atenções por causa das reivindicações de territórios em disputa ao redor de Taiwan e no sul do Mar da China.
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