A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou nesta quinta-feira (16) seu relatório anual sobre violência cometida contra jornalistas em todo o mundo, que apontou um recorde no número de prisões arbitrárias.
Segundo o informe, a RSF registrou 488 jornalistas e colaboradores de veículos de comunicação presos por causa de sua profissão, maior número desde que o relatório anual passou a ser publicado, em 1995, e um aumento de 20% em relação a 2020. Além disso, 65 são mantidos reféns. Por outro lado, o número de jornalistas mortos no ano (46) é o menor registrado pela organização desde 2003.
A RSF destacou que cinco países responderam sozinhos por mais da metade das prisões arbitrárias de profissionais de imprensa: China (127), Mianmar (53), Vietnã (43), Belarus (32) e Arábia Saudita (31). A China apareceu pelo quinto ano consecutivo como o país com maior número de detenções de jornalistas, principalmente pelo aumento das prisões em Hong Kong.
Ainda segundo o relatório, dos 488 jornalistas presos em todo o mundo, 60 são mulheres, 33% a mais do que em 2020. A China é também o país onde mais mulheres jornalistas estão detidas (19), incluindo a vencedora do prêmio RSF 2021, Zhang Zhan, cuja família vem manifestando preocupação com seu estado de saúde.
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