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China luta para conter fúria enquanto manifestantes acusam o Japão

A polícia chinesa usou spray de pimenta, gás lacrimogêneo e canhões de água para conter um protesto contra o Japão no sul da China neste domingo (16), enquanto os manifestantes tomavam as ruas em várias cidades em todo o país em uma rixa de longa data por causa de um grupo de ilhas.

Os protestos em Pequim e em várias outras cidades no sábado começaram quando os manifestantes cercaram a embaixada japonesa, atirando pedras, ovos e garrafas e testando os cordões policiais, forçando o primeiro-ministro japonês a pedir a Pequim para garantir a proteção de seu pessoal e de sua propriedade.

No maior ataque de domingo, a polícia disparou cerca de 20 bombas de gás lacrimogêneo e usou canhões de água e spray de pimenta para repelir os milhares de manifestantes que ocupavam as ruas na cidade de Shenzhen, no sul do país, perto de Hong Kong.

Os manifestantes saquearam lojas e atacaram carros e restaurantes japoneses em pelo menos cinco cidades chinesas. Eles também invadiram uma dezena de fábricas dirigidas por japoneses no leste de Qingdao no sábado, segundo a emissora japonesa NHK. Ela acrescentou que os protestos haviam se espalhado para pelo menos 72 cidades.

"Infelizmente, este é um problema relativo à segurança de cidadãos japoneses e de empresas afiliadas ao Japão", disse o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, em um talk-show na NHK. "Gostaria de pedir ao governo chinês que protegesse a segurança deles".

Os protestos seguiram-se à decisão do Japão ma terça-feira de comprar de um proprietário privado japonês as disputadas ilhas, que Tóquio chama de Senkaku e Pequim de Diaoyu, e que conteriam valiosas reservas de gás.

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