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BRICS

'China não é parte dos problemas do Brasil, mas sim das soluções', diz jornal estatal chinês

 | Alex Lee / REUTERS
(Foto: Alex Lee / REUTERS)

O jornal China Daily, comandado pelo Partido Comunista do país asiático, afirmou em editorial publicado nesta quarta-feira, 2, que Pequim faz parte das soluções, e não dos problemas do Brasil.

Com uma imprensa altamente controlada, os editoriais de jornais chineses são vistos por analistas do Ocidente como uma forma de se saber a opinião de agentes do governo. 

O texto, disponível na versão em inglês do site da publicação, comenta o discurso de posse de Jair Bolsonaro. Ainda que o presidente não tenha mencionado a China na sua fala, o jornal compara o tom de terça-feira com o usado pelo presidente na campanha. 

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Ao comentar a frase “a China não está comprando no Brasil, está comprando o Brasil”, repetida por Bolsonaro na campanha, o editorial do China Daily endurece as críticas ao presidente. 

“Se isso foi um equívoco total na época ou apenas um ardil para ganhar votos ao estimular o nacionalismo, tem sido encorajador que Bolsonaro tenha se impedido de fazer tais observações extremas, e ele parece ter chegado a um acordo com o fato de que o bom desenvolvimento das relações China-Brasil beneficia ambos os países”, diz o texto. 

“A China nunca foi a fonte de problemas que o Brasil enfrenta hoje. Ao contrário: está pronta para ajudar a fornecer soluções para esses problemas", emenda o editorial, que defende ainda que os dois países podem criar oportunidades ilimitadas de crescimento se trabalharem juntos. 

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Entre os problemas do Brasil, são citados a alta taxa de homicídios, a saída da crise econômica e a forte polarização da sociedade entre direita e esquerda.

O texto diz ainda que, como o maior parceiro comercial do Brasil, a China tem sido o destino número 1 das exportações brasileiras, como soja e minério de ferro. “O investimento chinês impulsionou o crescimento nos setores de energia e infraestrutura do Brasil, e a China tornou-se uma nova fonte do financiamento muito necessário do Brasil, especialmente desde a desaceleração em 2012, quando os empréstimos do Banco Mundial para a região caíram pela metade”, acrescenta.

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