A China afirmou nesta terça-feira (14) que não tem intenção de tornar o Mar da China Meridional em seu "império marítimo" e pediu que os Estados Unidos parem de semear discórdia entre as nações vizinhas do Sudeste Asiático, em resposta a um comentário do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no dia anterior.
O americano divulgou um comunicado na segunda-feira afirmando que a reivindicação do governo chinês pelo controle de recursos offshore em cerca de 85% do Mar da China Meridional é "completamente ilegal". "O mundo não permitirá que Pequim trate o Mar do Sul da China como seu império marítimo", disse Pompeo.
Os EUA não contestam nenhuma área na região e não endossaram reivindicações de países envolvidos em disputas territoriais por lá. Mas o posicionamento americano de negar as pretensões do governo chinês está em linha com uma decisão do tribunal internacional de Haia, de 2016, que constatou que a reivindicação da China sobre as águas não tinha base legal.
O porta-voz do ministério das Relações Internacionais Zhao Lijian rebateu a declaração. "A China não está tentando se tornar um império marítimo. A China trata seus países vizinhos em igualdade de condições e exerce a maior restrição", disse, acrescentando que os Estados Unidos são o fator desestabilizador da região porque sempre enviam seus navios para o Mar da China Meridional.
Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Internacionais, a China acusou os EUA de interferir nas disputas territoriais com outras nações. "Sob o pretexto de preservar a estabilidade, [os EUA] estão flexionando os músculos, provocando tensão e incitando o confronto na região... Sob o pretexto de defender a liberdade de navegação e sobrevoo, está infringindo imprudentemente o mar e o espaço aéreo de outros países e jogando seu peso em todos os mares do mundo".
As declarações de China e EUA ocorrem em um momento em que ambos os lados estão intensificando a presença militar no Mar da China Meridional e trocando acusações sobre quem estaria tentando desestabilizar a região.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares