A China pediu calma neste sábado (30) à comunidade internacional ante as atividades nucleares da Coreia do Norte, em uma conferência regional sobre segurança em Cingapura.
"A península coreana deve avançar para a desnuclearização e esperamos que todas as partes interessadas mantenham a cabeça fria e respondam de forma comedida ao problema", afirmou o tenente-general chinês Ma Xiotian.
Depois de um novo teste nuclear na segunda-feira, condenado pelo Conselho de Segurança da ONU, a Coreia do Norte, que ameaçou atacar a Coreia do Sul, lançou seis mísseis de curto alcance.
Além disso, fotos de satélite espião revelaram a circulação de veículos em duas áreas de lançamento de mísseis na Coreia do Norte, o que sugere que Pyongyang se prepara para lançar um projétil balístico de longo alcance.
Na mesma conferência, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, advertiu de forma enérgica a Coreia do Norte sobre as atividades nucleares e afirmou que Washington está disposto a reagir se Pyongyang ameaçar os Estados Unidos ou seus aliados na Ásia.
"O programa nuclear da Coreia do Norte constitui uma ameaça para a paz e a estabilidade regionais. Não ficaremos com os braços cruzados enquanto a Coreia do Norte se dota da capacidade de destruir qualquer objetivo na Ásia, ou nós mesmos", destacou o diretor do Pentágono.
Tom conciliador
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão apostaram nesse sábado pela via multilateral para frear a ameaça das ambições nucleares da Coreia do Norte.Esta via multilateral ficou acertada pelo secretário de Defesa dos EUA e seus colegas sul-coreano, Lee Sang-hee, e japonês, Yasukazu Hamada, depois de reunião na conferência asiática de segurança realizada em Cingapura.
Cada um dos ministros leu um breve comunicado no qual reafirmou seu compromisso de trabalhar junto com os outros, em uma frente comum para conseguir o objetivo de desmantelar as armas nucleares da península coreana, uma ameaça para a paz e a segurança na região.
"Se a Coreia do Norte pensa que desta vez vai ser recompensada por seus erros, está completamente enganada", indicou Lee.
Não participaram do pronunciamento representantes de China e Rússia, os outros dois países que, além da Coreia do Norte, fazem parte das conversas de seis lados sobre o problema atômico coreano.
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