A China pediu neste sábado (8) à Organização Mundial da Saúde (OMS) que "não politize" a investigação sobre a origem da Covid-19 e garantiu que não realizou "nenhum tipo de ocultação".
Segundo a emissora estatal "CCTV", a pesquisadora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Zhou Lei, defendeu em entrevista coletiva do Conselho de Estado que, nas fases iniciais da pandemia, a ditadura do país asiático "compartilhou todos os resultados e dados sem qualquer tipo de reserva ou ocultação".
Segundo Zhou, a possibilidade de o vírus ter começado a se propagar na cidade de Wuhan como resultado de um contágio entre um animal e um humano está "entre provável e relativamente provável", com base em investigações realizadas na cidade pelo grupo de especialistas chinês do Centro de Controle e Prevenção.
A especialista descreveu também como "entre provável e muito provável" a hipótese de que o vírus chegou a Wuhan através de um hospedeiro intermediário e que o surto na cidade se originou de produtos congelados, uma teoria que Pequim tem enfatizado desde 2020 como "provável".
Sobre a opinião de alguns especialistas, de que a origem das infecções em Wuhan esteja em um laboratório, Zhou classificou como "extremamente improvável".
Investigações da OMS sobre a origem da Covid-19
O grupo de especialistas da OMS que investiga a origem do Covid-19 levantou recentemente a possibilidade de que o cachorro-guaxinim, um animal vendido no mercado de Wuhan, onde a pandemia começou, tenha sido a chave na transmissão do patógeno aos humanos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou recentemente que "a China detém a chave para entender a origem do Coronavírus" e que o organismo que dirige pediu ao país asiático "que coopere".
Tedros enfatizou recentemente que as diferentes hipóteses sobre a origem do Covid-19 continuam de pé.