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Um relatório de inteligência de países do Ocidente apontou que o governo da China pediu à Rússia para que esperasse o fim dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, encerrados em 20 de fevereiro, para invadir a Ucrânia.
A informação foi obtida pelo New York Times junto a altos funcionários do governo dos Estados Unidos e de um governo europeu.
Segundo o jornal americano, a coleta da informação foi classificada como confidencial e trocada entre autoridades de alto escalão nos governos de Joe Biden e aliados enquanto discutiam quando Putin poderia atacar a Ucrânia.
Porém, não se sabe em qual escalão o pedido teria sido feito nas conversas entre Moscou e Pequim – não se sabe, por exemplo, se o ditador Xi Jinping e o presidente Vladimir Putin falaram diretamente sobre o assunto.
Antes da abertura dos Jogos de Pequim, em 4 de fevereiro, os dois líderes se encontraram em Pequim e divulgaram um documento em que reiteraram uma parceria “sem limites” entre os dois países.
No dia seguinte ao encerramento do evento, em 21 de fevereiro, Putin anunciou o reconhecimento das repúblicas de Donetsk e Lugansk, autoproclamadas por separatistas pró-russos em 2014 na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e argumentou que a ex-república soviética era um estado artificial. Três dias depois, alegando a necessidade de desmilitarizar a Ucrânia para proteger russos étnicos que moram no país, iniciou a invasão.
O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, disse ao New York Times que a informação sobre o pedido para adiar a invasão era uma “especulação sem nenhuma base, com o objetivo de atribuir culpa e difamar a China”.