O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Liu Weimin, confirmou nesta sexta-feira (4) que o governo pode conceder autorização provisória para que o advogado e dissidente político Chen Guangcheng, que é deficiente visual, prossiga os estudos fora do país. Segundo o porta-voz, o pedido de Chen ainda não foi formalizado, mas, assim que ocorrer, o caso será tratado como os de outros chineses que solicitaram autorização para estudar no exterior.

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O caso de Chen chamou a atenção do mundo, depois que ele pediu abrigo à Embaixada dos Estados Unidos na China por seis dias. O dissidente disse que ele, a mulher, a filha e a mãe estavam sendo ameaçados de morte por suas atividades políticas. Até então, Chen era mantido em prisão domiciliar, mas conseguiu escapar. Atualmente, ele está em um hospital.

Na quinta-feira (3), Chen reiterou o pedido de ajuda ao exterior por meio de um telefonema a representantes do governo dos Estados Unidos que estão em visita oficial à China. Na conversa, Chen pediu o apoio das autoridades norte-americanas para conseguir deixar o território chinês. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chefia a equipe de autoridades em visita oficial à China.

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O presidente da China, Hu Jintao, apelou nesta sexta em favor do que chamou de "confiança mútua" entre chineses e norte-americanos. Segundo ele, é fundamental estabelecer "um novo de tipo de relação" entre os dois países que "tranquilizará" o mundo inteiro.

"Independentemente das mudanças que possam ocorrer no mundo e da evolução interna de cada um dos nossos países, a China e os Estados Unidos devem comprometer-se firmemente no desenvolvimento de uma parceria", disse Hu Jintao.