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OMS já aprovou duas vacinas chinesas contra a Covid-19
OMS já aprovou duas vacinas chinesas contra a Covid-19| Foto: Pixabay

O vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde da China Zeng Yixin pediu à Organização Mundial de Saúde (OMS) que considerasse "pular" a terceira e última fase de testes clínicos das vacinas contra Covid-19 em sua avaliação para liberação do uso emergencial dos produtos. A informação é do jornal South China Morning Post.

"Defendemos que a OMS faça ajustes oportunos às regras para aprovar o uso emergencial para vacinas contra Covid-19 à luz da situação real de prevenção e controle da epidemia global", disse Zeng, segundo uma citação publicada pela agência de notícias estatal Xinhua e traduzida pelo Post.

"Para vacinas com bons resultados em testes em animais, testes clínicos de fase 1/2 e com a produção em total conformidade com os bons padrões de fabricação, devem ser feitas considerações para dispensar os testes clínicos de fase 3 e usar anticorpos neutralizantes como um indicador alternativo, e isso poderia significativamente aumentar o fornecimento de vacinas contra Covid-19", completou.

A China aprovou o uso emergencial da Coronvac e da vacina da Sinopharm, as duas primeiras vacinas nacionais do país, ainda em 2020, sem que os estudos da última etapa de testes clínicos estivessem concluídos. Ambas foram aprovadas pela OMS, em caráter emergencial, em maio e junho deste ano.

Farmacêuticas chinesas iniciaram o processo para receber autorização emergencial da OMS para outras cinco vacinas. De acordo com uma lista mantida pela organização, serão avaliados os imunizantes da Zhifei Longcom Biopharmaceutical, da Clover Biopharmaceuticals, do Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas (IMBCAMS), um segundo produto desenvolvido pela Sinopharm e a vacina da CanSino, que está no estágio mais avançado do processo entre as candidatas chinesas. Contudo, o baixo número de casos de Covid-19 na China torna mais difícil que os testes da fase três sejam realizados dentro do país.

A fase três dos testes clínicos é a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário, requer um grande número de voluntários – dezenas de milhares – e tem como objetivo demonstrar a eficácia da vacina. A proposta para substituir esta fase pela análise dos dados de anticorpos neutralizantes produzidos pelas vacinas para projetar sua eficácia poderia gerar desconfiança em relação aos imunizantes, principalmente se as projeções de eficácia não se confirmarem em uma eventual vacinação em larga escala.

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