A China propôs, neste domingo (28), reunião de emergência do grupo das seis nações envolvidas nas negociações para desarmamento nuclear da Coreia do Norte, no início de dezembro, em Pequim, diante do agravamento da situação na península coreana, de acordo com a agência chinesa Xinhua. O grupo é composto pelos Estados Unidos, as duas Coreias, o Japão, a China e a Rússia. As conversas do grupo têm estado congeladas.
"O lado chinês, após estudos minuciosos, propõe a realização de consultas de emergência entre os chefes das delegações das seis nações, no início de dezembro, em Pequim, para troca de visões sobre questões importantes de interesse das partes presentes", disse Wu Dawei, representante especial chinês para relações nucleares da península coreana, segundo a Xinhua.
"Embora isto não signifique a retomada das negociações entre as seis nações, nós esperamos que possa ajudar a criar as condições para a retomada das conversas", acrescentou Wu. Os comentários foram feitos em uma entrevista para a imprensa sobre a visita de última hora do Conselheiro de Estado, Dai Bingguo, à Coreia do Sul.
Ainda não está claro se a proposta será acatada. Seul e Washington têm resistido à retomada das conversas para desarmamento até que Pyongyang mostre comprometimento concreto.
A China se envolveu no esforço diplomático para tentar abrandar as tensões na península coreana, após o início dos exercícios militares norte-americanos na região. Dai teve uma reunião com o presidente sulcoreano, Lee Myung-bak, hoje. Tanto China quanto a Coreia do Sul "acreditam que a situação atual na península é preocupante", acrescentou Wu. Ele reiterou a oposição da China a qualquer medida que prejudique a paz e a estabilidade na península coreana.