O ministro do Comércio da China considerou um duro golpe o colapso das negociações de liberalização do comércio, dizendo à imprensa estatal que o país lutará por mais fricção comercial e buscará uma cooperação regional mais estreita.
Os países desenvolvidos culparam a Índia e a China por não darem margem suficiente de negociações durante os debates da Organização Mundial do Comércio (OMC) que se encerraram em Genebra na terça-feira, deixando de fazer um acordo sobre a eliminação de barreiras ao comércio de produtos agrícolas e outros.
Mas em uma entrevista ao Diário do Povo, jornal de língua chinesa, o ministro do Comércio, Chen Deming, defendeu o país e afirmou que a culpa era dos países ricos.
"O fracasso das negociações é um duro golpe para o sistema mundial de comércio multilateral e não ajuda o desenvolvimento estável do comércio global neste momento", disse Chen, que participou das negociações, na entrevista publicada domingo.
"Antecipando o fato de que o regime de comércio multilateral vai passar por uma fase de desaceleração, a responsabilidade da China é se preparar para responder à fricção comercial e acelerar o ajuste estrutural."
A China tentará "fortalecer a cooperação regional" e promover as economias comerciais menos desenvolvidas, disse Chen.
O número de acordo comerciais preferenciais envolvendo os países da Ásia e Pacífico explodiu nos últimos anos, devido em grande parte ao impasse na OMC.
As negociações na OMC sobre um novo pacto comercial fracassaram quando os Estados Unidos e a Índia se recusaram a entrar em um acordo sobre uma proposta para ajudar os produtores agrícolas dos países em desenvolvimento a lidar com o grande fluxo de importações.
Os Estados Unidos e a União Européia também discordaram da Índia e da China com relação a um tratamento flexível para as nações em desenvolvimento no que diz respeito ao corte das tarifas industriais.
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