O governo chinês afirmou ontem que "a internet na China é aberta e que "empresas estrangeiras que queiram desenvolver negócios de internet precisam seguir a lei (chinesa)", dois dias após o Google ameaçar abandonar o país por infiltração em seu código de segurança.
As afirmações foram feitas na coletiva semanal do Ministério de Relações Exteriores pela porta-voz Jiang Yu, que não respondeu às acusações de que hackers chineses atacaram o e-mail de ativistas de direitos humanos. "A ciberpirataria e o ataque a sites feito por hackers são proibidos na China, disse a porta-voz.
Tanto o Google como o Departamento de Estado americano disseram esperar respostas do governo chinês. Um porta-voz da Casa Branca disse que a "invasão do Google atribuída à China é problemática e que os Estados Unidos apoiam a decisão da empresa de pôr fim à censura de suas buscas o que pode leva-la a ser expulsa do país.
Em entrevista publicada na página do Conselho de Estado chinês, o ministro da Informação, Wang Chen, disse que "a mídia da internet tem o dever de guiar a opinião pública, fornecer opinião positiva e verificar a divulgação de dados que ameacem a segurança nacional.
Pela primeira vez desde as acusações, jornais estatais chineses divulgaram as ameaças do Google, dizendo que se trata de estratégia para a retirada após "fracasso no mercado chinês. O site Baidu.com, que copia o mecanismo da Google, detém 63% do mercado local de buscas.