O presidente dos EUA, Donald Trump, em jantar de gala oferecido pelo ditador da China, Xi Jinping, em Pequim, 2017| Foto: EFE/Thomas Peter/Arquivo
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O regime do ditador chinês Xi Jinping se manifestou nesta segunda-feira (10) sobre as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que impactam diretamente o mercado global de aço e alumínio.

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Pequim tratou a questão como uma "politização" de assuntos econômicos, afirmando que "não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, rechaçou a decisão da Casa Branca em uma entrevista coletiva e ressaltou que "o protecionismo não tem saída".

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O representante do regime de Xi disse que o gigante asiático se opõe à politização de questões econômicas, comerciais e tecnológicas e que, em contraposição, a intenção de Pequim sempre foi "criar um ambiente de negócios internacionalizado, baseado no direito e orientado ao mercado". 

"O mercado chinês trata todos os países igualmente e está igualmente aberto a empresas de todos os países", declarou Jiakun.

A China é o maior exportador de aço do mundo, com mais de 100 milhões de toneladas em 2024, mas os EUA não estão entre seus principais compradores, com Washington importando apenas cerca de 1,8% de suas compras totais de Pequim, de acordo com o banco de dados de estatísticas comerciais Comtrade das Nações Unidas. Quanto ao alumínio, os EUA importam 3% de suas compras totais da China.

As novas tarifas devem ser anunciadas oficialmente pelo governo Trump nesta segunda-feira, paralelamente às tarifas impostas pela China a produtos americanos, em resposta às aplicadas por Washington às importações chinesas.

Até o momento, não há qualquer sinal de que as duas potências tenham chegado a um acordo para pôr fim a este novo capítulo na guerra comercial bilateral.

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Pequim anunciou em 4 de fevereiro que imporia tarifas de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA a partir desta segunda, após as taxas adicionais de 10% prometidas por Trump sobre produtos chineses entrarem em vigor.

As medidas que entram em vigor a partir de hoje envolvem produtos de carvão e gás natural liquefeito, atingidas por 15% de tarifas, bem como sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas, carros de alta performance e caminhonetes, que são afetadas com cobranças de 10%.