A China disse nesta quarta-feira que uma agricultora chinesa de 35 anos morreu devido à gripe aviária, a segunda fatalidade confirmada no país por infecção pelo vírus H5N1, que está se espalhando pela Ásia.
O vírus já matou ao menos 67 pessoas no continente desde 2003. A doença é incapaz de infectar facilmente os seres humanos, mas há temores de que uma mutação possa permitir ao H5N1 passar facilmente de uma pessoa a outra, provocando uma pandemia mundial na qual milhões morreriam.
Na Europa, autoridades da área de saúde dos 25 países-membros da União Européia (UE) começaram nesta quarta-feira um exercício de dois dias a fim de testar seu nível de prontidão diante de uma possível pandemia de gripe.
A agência de notícias chinesa Xinhua, atribuindo a informação ao Ministério de Saúde do país, disse que a mais recente vítima da gripe aviária havia apresentado febre e sintomas semelhantes aos da pneumonia no dia 11 de novembro, após ter tido contato com aves doentes e mortas na província de Anhui, no leste da China. A mulher morreu no dia 22 de novembro.
Segundo a Xinhua, testes feitos pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China confirmaram que a agricultora havia sido contaminada pelo vírus H5N1.
A funcionaria de um criadouro de aves morreu devido à doença no dia 10 de novembro.
O H5N1 é endêmico nas aves de muitas partes da Ásia e os pássaros migratórios acabaram recentemente levando-o para o leste da Europa e para o Kuwait.
Os bancos Mundial e de Desenvolvimento Asiático advertiram sobre o grande número de pessoas que morreriam no caso de uma pandemia.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) disse nesta quarta-feira ter estimado que o surto de gripe aviária custou até agora US$ 10 bilhões, incluídas as perdas com criação de aves, comércio e turismo.
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