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Tensão entre potências

China reitera críticas à Otan em meio à cúpula de 75 anos da aliança militar

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (á direita), e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg (à esquerda), participam de uma entrevista coletiva no Departamento de Estado em Washington DC (Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS)

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A China manifestou nesta quarta-feira (10) sua oposição à possibilidade de expansão da Otan na região Ásia-Pacífico.

O regime comunista acusa a aliança militar liderada pelos EUA de incitar conflitos e confrontos, enquanto esta realiza uma cúpula em Washington para comemorar os 75 anos desde sua fundação.

Durante entrevista coletiva nesta quarta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, pediu que a Otan mantenha sua "natureza defensiva e regional", evitando a expansão para a região da Ásia-Pacífico para "alimentar conflitos e minar a prosperidade e a estabilidade regionais".

Lin enviou um recado para as lideranças que integram a aliança para que "faça um trabalho mais prático em favor da paz, estabilidade e segurança globais".

Os 32 chefes de Estado e de governo da Otan iniciaram sua cúpula em Washington, nesta terça-feira (9), com uma cerimônia comemorativa dos 75 anos.

Os líderes aliados iniciarão hoje as sessões de trabalho desta cúpula com o objetivo de reforçar sua política de dissuasão e defesa, e na quinta (11), participarão em um Conselho Otan-Ucrânia e em uma reunião com parceiros do Pacífico em que abordarão o desafio colocado pela China.

O país asiático questionou no início deste mês os valores da Otan que, segundo o regime chinês, se baseiam em “traçar linhas ideológicas” e “criar conflitos”, em resposta às acusações da organização multilateral de que o país asiático desafia seus interesses e segurança.

A postura da China reflete as crescentes tensões entre o país asiático e a Otan, que aumentaram nos últimos anos devido a fatores como a expansão militar da China, sua crescente influência econômica e sua relação com a Rússia.

Neste contexto, Pequim é acusada de não fazer o suficiente para impedir a exportação de tecnologia para Moscou que poderia acabar por ser utilizada no campo de batalha na Ucrânia.

Em maio, durante sua escala na Sérvia durante viagem pela Europa, o ditador chinês, Xi Jinping, prometeu “nunca esquecer” o bombardeio da embaixada chinesa em Belgrado pela Otan em 1999.

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