O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou neste domingo (10) em uma reunião com seu homólogo chinês, Li Qiang, durante o encontro do G20, que "se preocupa com a interferência chinesa na democracia do Reino Unido" após a detenção de um assessor parlamentar no país, ocorrida em março deste ano e divulgada na última semana.
O homem trabalhava no Parlamento de Westminster e foi detido em Edimburgo, na Escócia, por suposta espionagem a favor de Pequim, por descumprir a Lei dos Segredos Oficiais. Ele foi liberado após pagar fiança.
Segundo informações do jornal The Sunday Times, o acusado mantinha relação próxima com importantes deputados do Partido Conservador e ministros do governo britânico, entre eles o da Segurança, Tom Tugendhat, e Alicia Kearns, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento.
O detido não teve informações básicas reveladas, mas atuou na política internacional entre o Reino Unido e a China, inclusive residindo no país asiático. Agora, o caso segue sob investigação da Polícia Metropolitana, por meio do Comando Antiterrorista.
Nesta segunda-feira (11), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, condenou as acusações feitas pelo primeiro-ministro britânico. "A alegação de que a China espiona o Reino Unido não tem qualquer fundamento e a China rejeita com veemência", afirmou.