O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, manteve na sexta-feira a abertura para um diálogo com o Dalai Lama, mas revelou o profundo medo que Pequim sente do líder budista, que vive exilado do seu Tibete natal.
``Nossa política para o Dalai Lama sempre foi clara e consistente. Isso quer dizer que, desde que o Dalai Lama reconheça que o Tibete e Taiwan são partes inseparáveis do território chinês e abandone as atividades separatistas, então a porta está sempre aberta'', disse Wen em entrevista coletiva.
O Dalai Lama fugiu para a Índia em 1959, depois de uma frustrada rebelião contra o regime comunista, que controla a região desde 1951.
Wen acusou o líder tibetano de ``exigir que todas as tropas chinesas deixem o Tibete, que todos os chineses [da etnia] han e de outros grupos étnicos vivendo no Tibete também se retirem.''
``Não é difícil ver se ele realmente espera a unificação da pátria ou se está sabotando a unificação da pátria'', disse Wen a jornalistas, depois de o Parlamento encerrar sua sessão anual.
Ao menos publicamente, o Dalai Lama nunca pediu a retirada das tropas chinesas nem da etnia han. Vencedor do Nobel da Paz em 1989, ele diz defender maior autonomia para sua região, mas não a independência.
Em janeiro, o Dalai Lama acusou a China de usar uma ferrovia de 1.142 quilômetros - a mais alta do mundo, inaugurada em julho - para encher a região de pedintes, prostitutas e desempregados, destruindo a cultura e as tradições tibetanas.
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