A China, principal aliada da Coreia do Norte, soube no sábado (17) que o líder norte-coreano Kim Jong-il havia morrido naquele dia, dois dias antes da declaração oficial feita para o restante do mundo, informou um jornal sul-coreano nesta quarta-feira (21). O jornal JoongAng Ilbo citou uma fonte não identificada em Pequim afirmando que o embaixador chinês na Coreia do Norte havia recebido informações de inteligência sobre a morte de Kim, e teria relatado a ocorrência para a capital chinesa em 17 de dezembro, dia da morte dele. O líder morreu de um aparente ataque cardíaco enquanto estava no trem. "A Coreia do Norte informou a China sobre a morte de Kim por meios diplomáticos no dia seguinte", disse uma fonte citada no jornal. O Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul havia dito em coletiva de imprensa na terça-feira que a China não sabia da morte antes do pronunciamento oficial da Coreia do Norte. "Ouvimos diversas vezes que (a China) não soube (da morte de Kim) antes", disse o porta-voz do ministério Cho Byung-jae. Altas autoridades da inteligência e das forças militares sul-coreanas foram criticadas por não terem ficado cientes da morte de Kim antes do informe oficial da Coreia do Norte. Quando o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, partiu para uma visita diplomática ao Japão na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, já estava morto havia quatro horas, indicando que nem Seul e nem Tóquio - ou Washington - faziam ideia de seu falecimento.
- Pequim debate futuro da Coreia do Norte
- Morte de Kim Jong-il alimenta a esperança dos refugiados norte-coreanos
- Norte-coreanos vertem lágrimas reais por Kim, dizem testemunhas
- Primeiro-ministro convoca conferência para resolver crise política no Iraque
- Agência da ONU quer inspetores na Coreia do Norte
Deixe sua opinião