A China anunciou nesta segunda-feira (14) que irá proibir importações de certos produtos estratégicos da Coreia do Norte, a partir da terça-feira (15), a fim de cumprir recentes sanções impostas a Pyongyang pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) como forma de conter o avanço do programa nuclear norte-coreano. Serão congeladas as importações de carvão, de ferro e chumbo, de minério de ferro e chumbo, e de frutos do mar.
A decisão, anunciada em comunicado divulgado no site do Ministério de Comércio chinês, veio após os presidentes da China, Xi Jinping, e dos EUA, Donald Trump, conversarem por telefone no fim de semana sobre como lidar com a determinação da Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares.
Há cerca de uma semana, a ONU aprovou, por unanimidade, novas sanções econômicas contra Pyongyang. As sanções foram propostas pelos EUA e tiveram o endosso de Pequim.
A iniciativa da China amplia a atual suspensão de importações de carvão, anunciada em fevereiro e que continuará em vigor até o fim do ano.
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A China é, de longe, o maior parceiro comercial da Coreia do Norte, responsável por mais de 80% do comércio externo do isolado país asiático nos últimos cinco anos.
Pressão
Nos últimos meses, Trump vem questionando a disposição da China em aumentar a pressão sobre o regime norte-coreano. Neste período, Washington também endureceu sanções de maneira unilateral, mirando empresas e bancos chineses que estariam canalizando recursos para o programa de armas de Pyongyang.
Pequim rejeita as insinuações da Casa Branca de que não está fazendo o suficiente para pressionar os norte-coreanos e alega que os EUA precisam agir diretamente com a Coreia do Norte para dissuadi-la de suas ambições nucleares.
Em julho, a China divulgou que seu comércio com a Coreia do Norte aumentou 10,5% no primeiro semestre do ano, um avanço que foi classificado por Pequim como normal dentro de seu relacionamento econômico com o país vizinho em áreas não contempladas pelas sanções da ONU.
Também no fim de semana, o governo Trump divulgou planos de abrir uma investigação formal sobre denúncias de roubo de propriedade intelectual americana por chineses, embora a Casa Branca negue que haja ligação entre a averiguação e sua estratégia para a Coreia do Norte.
As informações são da editora Dow Jones Newswires.
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