![China tem 430 desaparecidos após naufrágio no rio Yang Tsé Equipe de resgate sobre o casco do navio “Estrela do Oriente”, que afundou no rio Yang Tsé. | Kim Kyung-Hoon / Reuters](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/06/88029reida-0206044-1454-u101154747120rl-u1011543488251df-411x272@gp-jornal-interior-1.0.1020405310-gpLarge.jpg)
Pelo menos 430 pessoas estão desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação no rio Yang Tsé, o maior da Ásia, no que pode ser o pior acidente naval chinês em quase 70 anos. Estavam a bordo 458 pessoas: 47 tripulantes, cinco guias turísticos e 406 passageiros, a maioria entre 50 e 83 anos. Uma criança de 3 anos está na lista de desaparecidos.
Tornado
A agência de meteorologia da China afirmou que um tornado atingiu a área onde houve o naufrágio. O fenômeno é extremamente raro no país.
O naufrágio ocorreu às 21h28 de segunda-feira (10h28 de Brasília) no trecho do Yang Tsé próximo a Jianli, na província de Hubei, no centro do país. Segundo membros da tripulação, a embarcação, que fazia o trajeto entre Nanquim e Chongqing, afundou durante uma forte tempestade, após a formação de um tornado.
Ontem, em meio ao mau tempo na região, as equipes de busca conseguiram resgatar pelo menos 20 pessoas e recuperaram cinco corpos. Uma mulher de 65 anos foi localizada com vida dentro do navio de quatro andares. Outros cinco passageiros que estavam sobre o casco virado do ”Estrela do Oriente” foram resgatados.
Cruzeiros são populares no percurso
Os cruzeiros turísticos se tornaram uma viagem que muitos chineses sonham fazer alguma vez na vida.
Leia a matéria completaDezenas de barcos de resgate lutaram ontem contra o vento e a chuva para alcançar o navio, que estava 15 metros dentro da água. A agência de notícias Xinhua informou que trabalhadores de resgate ouviram pessoas pedindo ajuda de dentro do casco do navio, que foi cortado.
Confusão e desespero
Familiares de passageiros discutiram com autoridades de Xangai, revoltados por não serem informados sobre o acidente e o andamento dos trabalhos de resgate. Cerca de 60 pessoas se reuniram inicialmente no escritório da Xiehe International Travel, a agência de viagens de Xangai que fez as reservas para o passeio. A agência estava fechada e os parentes foram encaminhados ao edifício do governo em Xangai. A confusão começou quando um grupo começou a exigir respostas das autoridades.
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“Estamos extremamente apreensivos”, disse Zhang Yingli, de 56 anos, cujo irmão e a esposa estavam no barco. “São 16h30 e não ouvimos nada, a não ser pelo noticiário. Ninguém veio nos tranquilizar”. Na cidade de Nanjing, parentes das vítimas gritaram com os funcionários do governo que tentavam acalmá-los.
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, viajou ontem ao local. O presidente Xi Jinping ordenou que se aumentem as medidas de segurança para a navegação no Yang Tsé.
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