A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira (2) que os Estados Unidos conduziram o caso do dissidente cego chinês Chen Guangcheng "de um modo que refletiu suas escolhas e nossos valores" e que é crucial assegurar que o governo chinês mantenha sua promessa de não molestá-lo.
"O governo dos Estados Unidos e o povo americano estão comprometidos em permanecer ligados ao sr. Chen e sua família nos próximos dias, semanas e anos", disse Hillary em um comunicado divulgado depois da saída de Chen da embaixada dos EUA em Pequim, onde ele buscou refúgio na semana passada depois de fugir da prisão domiciliar.
Chen deixou nesta quarta-feira a embaixada para receber atendimento médico em um hospital local e se reunir à sua família, segundo a agência Associated Press, que citou como fonte uma autoridade norte-americana.
A saída de Chen ocorreu um dia antes da chegada de Hillary e outros representantes do governo dos EUA a Pequim para um encontro com autoridades da China sobre questões bilaterais econômicas e estratégicas.
Chen deixou a embaixada num carro com o embaixador dos EUA na China, Gary Locke, que o levou ao hospital, informou o Washington Post em sua página na Internet.
"Locke telefonou para o Washington Post de seu carro, por volta de 3h30 (horário em Pequim) para dizer que estava com Chen. Um correspondente do Post falou brevemente por telefone com Chen, que disse estar bem e a caminho do hospital", afirmou o jornal.
O governo chinês informou que Chen deixou a embaixada "por vontade própria" e uma autoridade dos EUA disse que ele planeja permanecer na China.
O Ministério de Relações Exteriores condenou os EUA por se "intrometerem em assuntos internos" no caso de Chen, mas o alto funcionário norte-americano afirmou que as duas partes haviam "trabalhado intensamente em colaboração".
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