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Pequim (EFE) – O Ministério da Agricultura da China informou ontem, pela imprensa oficial, a confirmação de dois novos focos de gripe aviária em aves: em províncias do centro (Hubei) e do noroeste (Xinjiang) do país. O laboratório nacional da gripe aviária diagnosticou os casos ontem, em meio ao pânico causado no país pela confirmação dos primeiros casos humanos, ocorrida na quarta-feira.

O laboratório destacou que se trata do "altamente contagioso" tipo H5N1, o mais perigoso para os humanos. Seguindo a política de sacrificar todas as aves em um raio de três quilômetros ao redor dos focos de infecção, nos últimos dias foram mortas quase 89 mil aves em todo o país. Os focos são o 16.º e o 17.º do ano no país, que só nos últimos dois meses já registrou 13.

Humanos

Agora, além da perda financeira causada pelo abate de aves, a população está alarmada com o risco humano. O Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira os dois primeiros casos de gripe aviária em humanos no país, um deles mortal, que teve como vítima uma mulher de 24 anos. Uma outra morte pode ter sido causada pela doença. Trata-se de uma menina de 12 anos, irmã do garoto de 9 que sobreviveu ao vírus. As autoridades não conseguem ligar à morte ao H5N1 porque o corpo da garota foi cremado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) coopera com os Ministérios de Saúde e da Agricultura da China para frear a expansão da doença no país, que é considerado o local de origem do vírus, já endêmico em aves da Ásia Oriental. Uma delegação da OMS acaba de encerrar a inspeção na província central de Hunan, onde um foco foi registrado.

O principal representante da OMS na China, Henk Bekedam, destacou ontem que estima-se que haja novos focos em aves nos próximos meses, já que à medida que as temperaturas caem, "o vírus pode sobreviver por mais tempo e ter mais oportunidades de infecção".

Bekedam, no entanto, assegurou que a OMS não espera um grande número de humanos afetados na China a curto prazo. Por enquanto, a OMS reconhece 64 mortes pela doença no mundo todo e 126 infecções (no Vietnã, Tailândia, Camboja e Indonésia), embora os números ainda não incluam os casos informados pela China nem os dois falecimentos informados pelo governo da Indonésia nas últimas horas.

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