As vendas de armas dos Estados Unidos a Taiwan prejudicaram a segurança nacional da China, disse o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, elevando o tom numa disputa que ameaça aumentar as diferenças entre a maior e a terceira maior economias do mundo.

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Jiechi foi a última e mais importante autoridade a denunciar o plano de venda de armas de Washington anunciado na sexta-feira.

O governo do presidente norte-americano, Barack Obama, tem defendido o negócio no valor de 6,4 bilhões de dólares como necessário para aumentar a segurança regional.

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Yang disse que a China e os Estados Unidos tiveram muitos debates sobre vendas de armas, mas que Washington ignorou o pedido de Pequim pelo fim dessas operações, informou a agência de notícias oficial Xinhua neste domingo.

Os Estados Unidos devem "verdadeiramente respeitar os maiores interesses e principais preocupações da China e imediatamente revogar uma decisão errada... para evitar prejudicar mais ainda as relações China-EUA", afirmou ele.

Ele disse que a medida norte-americana "prejudicou a segurança nacional e a grande tarefa de reunificação (com Taiwan)."

Pequim considera Taiwan uma província rebelde. Refletindo as intensas emoções sobre a questão, os usuários chineses de Internet demonstraram raiva com pedidos de boicote à exportadora norte-americana Boeing e a outras empresas envolvidas nas vendas.

A China tem se oposto a anos às vendas de armas dos EUA a Taiwan. Pela primeira vez, contudo, Pequim está tentando pressionar os Estados Unidos a punir essas companhias privadas cujos braços estão envolvidos nas vendas a Taiwan.

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