Moradores de um vilarejo no sul da China realizaram um protesto contra o governo por causa da política do filho único. As famílias que têm mais de um filho terão de pagar uma multa equivalente a R$ 2,6 mil, sob pena de terem as casas destruídas.

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Durante a manifestação, a população queimou carros e destruiu escritórios oficiais. Desde os anos 70 o governo chinês impõe o limite de um filho por casal.

Multa histórica

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Na semana passada, na segunda-feira (14), As autoridades chinesas de planejamento familiar aplicaram a maior multa da história por quebra da política do filho único contra um empresário, que vai pagar US$ 77 mil pela infração.

A sanção foi emitida na província oriental de Anhui, informou a "Xinhua", que não deu a identidade do empresário.

O diretor da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar, Zhang Weiqing, disse que "no momento de cumprir as regras de planejamento familiar, todos devem ser iguais perante a lei, independente se forem ricos ou pobres".

Em janeiro, a imprensa chinesa denunciou que as pessoas mais ricas, na maioria residentes nas cidades, estão dispostas a pagar os US$ 13 mil de multa para ter um segundo filho.

Os casais mais poderosos chegaram inclusive a comprar uma casa em Hong Kong e Macau para evitar esta política, já que ambos territórios são considerados estrangeiros a efeitos de residência.

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Estatística

A política do filho único, implantada nos anos 80, evitou o nascimento de 400 milhões de pessoas desde então, mas, na realidade, só é aplicada a 36% da população. Além disso, nas zonas rurais, muitos nascimentos não são registrados.

Segundo diferentes instituições, a população chinesa é na realidade de 1,6 bilhão de habitantes, e não de 1,3 bilhão, como apontam as estatísticas oficiais.

Apesar disso, o Governo anunciou que a população chinesa será de menos de 1,36 bilhão de habitantes em 2010 e de 1,45 bilhão em 2020, segundo uma nova diretriz demográfica.