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Tragédia

Choque de trens no metrô de Roma deixa 110 feridos

Roma – Um choque entre dois trens do metrô, em pleno centro de Roma, e em horário de grande movimento, deixou pelo menos uma pessoa morta e 110 feridas, entre elas cinco em estado grave. O fato, ocorrido ontem de manhã, comoveu a capital italiana, que registrou pela primeira vez um acidente de tal proporção em suas linhas subterrâneas de transporte.

Segundo o prefeito Walter Veltroni, a vítima é uma italiana de cerca de 30 anos. De acordo com relatos das testemunhas, uma composição estava parada na estação localizada na Praça Vittorio Emanuele II, perto da Estação Central do metrô de Roma, quando foi atingida na traseira pelo outro trem. A mulher morta estava no último vagão do trem atingido. O acidente ocorreu no momento em que os passageiros da primeira composição começavam a descer. As suspeitas iniciais, de que se tratava de um ataque terrorista, foram logo descartadas.

Ambulâncias e equipes de resgate foram enviadas à estação Vittorio Emanuele II, tornando ainda mais caótico o tráfego na região central da capital italiana. Imagens de tevê mostravam passageiros feridos sendo tirados da estação em macas, enquanto uma multidão observava a ação. Depois do choque, a eletricidade foi cortada.

Sinal vermelho

Com base na gravação das conversas, calcula-se que a sala de controle tenha autorizado o condutor a ultrapassar o sinal vermelho e a seguir em uma velocidade moderada. A intenção da central seria desobstruir o tráfego.

Entrevistadas por emissoras de tevê e rádio, muitas testemunhas mencionaram ter visto o desrespeito à sinalização. "O trem que vinha de Furio Camillo partiu com o sinal vermelho, tenho certeza que vi o vermelho", declarou Simone Saltarelli, que estava a bordo do segundo trem.

O condutor da segunda composição, Angelo Tomei, foi procurado pela Justiça, mas ainda estava traumatizado demais para prestar depoimento. Segundo o setor de emergência do hospital que o atende, Tomei "não tem qualquer lembrança do acidente". Ele chegou a ser dado como morto, mas os bombeiros conseguiram tirá-lo das ferragens com vida. Como de praxe, a Justiça deve abrir um processo contra Tomei por homicídio culposo.O presidente da República, Giorgio Napolitano, dirigiu uma mensagem de condolências aos parentes das vítimas. A linha A, onde ocorreu o acidente, é uma das mais utilizadas pelos romanos. Ela foi fechada logo após a colisão, mas segundo a Atac, empresa responsável pelo metrô de Roma, as demais ramificações do metrô continuaram funcionando normalmente.A direção do Festival de Cinema de Roma, atração da cidade nesta temporada, informou em um comunicado que as exibições começariam com um minuto de silêncio e que todos os eventos paralelos seriam cancelados em respeito às vítimas do acidente.

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