O governo da Hungria se organiza neste sábado (8) para o aumento do nível do rio Danúbio, que corta a capital, Budapeste. As águas do rio atingiram a altura recorde de 8,61 metros, como consequência dos fortes temporais que atingem a região central da Europa.
As tempestades deixaram 18 mortos e destruição em diversos países, como República Tcheca e Alemanha. No caso alemão, o nível do rio Elba continuava a subir, ameaçando vários pontos dos Estados da Saxônia e de Brademburgo, no leste do país.
As equipes de prevenção foram obrigadas a retirar milhares de pessoas das cidades de Susigke, Muhlberg e Gross-Rosenburg. Em Muhlberg, soldados e voluntários construíram uma estrada de emergência para o transporte de cascalho, usado para sustentar um dique que está acima de seu nível normal.
A Hungria também reforçava seus diques esta manhã e se preparava para as "piores inundações de todos os tempos", segundo o primeiro-ministro Viktor Orban. Na sexta, a cidade de Györujfalu, que fica a 115 km de Budapeste, foi esvaziada por precaução.
As cidades de Pilismarot, Dömös e Kisoroszi estavam isoladas pela água desde ontem. O prefeito da capital, István Tarlós, declarou hoje que as autoridades poderão "defender a cidade até 9,3 metros", 30 centímetros a mais do que o previsto para a cheia na segunda.
Por enquanto, 180 pessoas já foram retiradas de suas casas em bairros periféricos próximos às margens do Danúbio no norte e no sul da cidade. O prefeito explicou que o volume do Danúbio em Budapeste é normalmente de 2.500 metros cúbicos por minuto, mas que pode subir agora para 10.000 metros cúbicos.
As inundações que afetam a Europa Central desde o fim de semana passado deixaram ainda várias pessoas desaparecidas. Os países afetados concordam em afirmar que a dimensão dos danos será da mesma ordem que nas inundações na região de 2002, que deixaram dezenas de mortos e bilhões em prejuízos.