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Temporal

Chuvas na Argentina matam 31 pessoas desde segunda

Chuva alagou diversas áreas de Buenos Aires. Moradores deixaram as casas devido aos alagamentos | REUTERS / Enrique Marcarian
Chuva alagou diversas áreas de Buenos Aires. Moradores deixaram as casas devido aos alagamentos (Foto: REUTERS / Enrique Marcarian)

Pelo menos 25 pessoas perderam a vida nas chuvas torrenciais que atingiram a Argentina na madrugada desta quarta-feira (3), elevando a 31 o número de mortos em dois dias de tempestades no país. A forte chuva inundou na madrugada de desta quarta-feira (3) La Plata. A cidade é a capital da província de Buenos Aires – que equivale ao estado, no Brasil . "Pelo menos vinte e cinco pessoas morreram", informou o governador da província, Daniel Scioli, no final da manhã. "É uma situação grave e sem precedentes", disse ele. Pelo menos, 900 pessoas estão desabrigadas e desalojadas no país.

Segundo o secretário de Segurança da província, Sergio Berni, o que surpreendeu foi a quantidade de água que caiu em tão pouco tempo. "Em duas horas caíram 400 milímetros de água", disse ele. A chuva foi tão forte que os helicópteros não puderam ser usados para resgatar as pessoas que haviam subido em árvores ou nos telhados para se salvar.

O chefe de governo, Mauricio Macri, disse que a defesa civil foi mobilizada às 3h de terça-feira, tão logo recebeu o alerta meteorológico. No entanto, nem o serviço de meteorologia foi capaz de prever o grande volume de água que caiu em tão pouco tempo.

A tempestade foi a segunda, em dois dias. Na madrugada de terça-feira (2) uma chuva forte inundou alguns bairros da capital argentina, matando seis pessoas. A água já baixou em Buenos Aires, mas alguns bairros continuam sem luz.

Já em La Plata, a situação é mais grave: no bairro de Tolosa – o mais afetado, as casas estavam praticamente submersas. Quase três mil pessoas estão sendo evacuadas para locais seguros.

A tempestade também foi utilizada politicamente pelo governo e pela oposição. Aliados da presidente Cristina Kirchner criticaram Macri (possível candidato da oposição nas eleições presidenciais de 2015), que estava fora da cidade durante as chuvas, aproveitando o feriadão argentino que emenda a Páscoa com o feriado em memoria aos mortos na Guerra das Malvinas. Já os aliados de Macri, criticaram o governo federal por fazer uso político da tragédia e pelo silêncio da presidenta.

Casos

A chuva intensa atinge Buenos Aires, a capital argentina, e o subúrbio desde segunda-feira (1º). Com pouca drenagem das águas, os moradores da região acordaram de madrugada com as ruas inundadas e sem energia elétrica.

Um funcionário do metrô de Buenos Aires morreu após ser eletrocutado enquanto tentava retirar a água de uma estação inundada. Duas pessoas se afogaram quando seus carros ficaram presos na inundação.

Segundo as autoridades argentinas, a chuva que causou é a mais intensa dos últimos anos. A previsão é que a temporada de chuva permaneça até quinta-feira (4). A Secretaria de Segurança Interna recomenda que medidas de alerta sejam mantidas.

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