A instalação de “chuveiros” semelhantes aos das antigas câmaras de gás nazistas na entrada do campo Auschwitz, na Polônia, causou espanto entre os visitantes, que se disseram ofendidos com a novidade. Segundo a administração, os jatos d’água diante do memorial têm o objetivo de refrescar as pessoas que aguardam para entrar em filas e sob o sol escaldante do verão polonês. Mas a justificativa não convenceu os turistas.
“É um soco no estômago”, afirmou o visitante israelense Meyer Bolka ao jornal britânico Daily Mail. “Assim que eu saí do ônibus e vi a engenhoca, fiquei em choque. Fui até a recepção e perguntei sobre os chuveiros, uma mulher me disse que era um dia quente.”
Veja imagem publicada no Instagram por uma visitante do campo desativado:
Para Bolka, a instituição deveria ter pensado melhor sobre o tipo de associação que os objetos causariam. A administração do museu emitiu um comunicado dizendo que não tinha a intenção de causar nenhuma ofensa, mas que só tentou minimizar os riscos para a saúde dos visitantes. No entanto, após as críticas, a instituição apontou que vai avaliar o posicionamento dos jatos d’água no futuro.
“É realmente difícil para nós comentar sobre algumas referências históricas sugeridas, desde os borrifadores de água que não se parecem com chuveiros, e os chuveiros falsos instalados pelos alemães dentro de algumas das câmaras de gás não foram usadas para soltar gás”, disse o museu, ressaltando que a substância usada pelos nazistas era liberada através de buracos no teto ou nas paredes.
Mesmo assim, os chuveiros se tornaram símbolos do extermínio do povo judeu pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Auschwitz-Birkenau, na atual Polônia, é considerado o maior campo de concentração nazista e um dos principais símbolos do Holocausto, com mais de um milhão de mortos durante a Segunda Guerra Mundial. O local recebe muitos visitantes, principalmente durante o verão.
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